A CASTRO de António Ferreira (tragédia clássica, 1587)

BIOGRAFIA DE ANTÓNIO FERREIRA, escritor da peça de teatro:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/57/Ant%C3%B3nio_Ferreira.jpg/150px-Ant%C3%B3nio_Ferreira.jpg
 


António Ferreira nasceu em 1528 e faleceu em 1569, vítima da peste, na cidade de Lisboa. Foi um escritor e humanista português. Era filho de Martim Ferreira, escrivão de Fazenda de Dom Jorge de Lencastre, duque de Coimbra, e de Mexia Fróis Varela. Em sua educação, conviveu com os filhos do duque e com pessoas de grande relevância nobiliárquica, administrativa e literária. Frequentou o curso de Humanidades e Leis na Universidade de Coimbra, onde se doutorou em Cânones. Foi temporariamente professor na mesma Universidade.
É considerado um dos maiores poetas do classicismo renascentista da língua portuguesa, conhecido como "o Horácio português ». 

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Ficha da obra:

Autor: 
Titulo: A Castro
Editora:

Data da 1ª edição:
Tipo do Texto:

Modo:
Género:
Língua:

Sinopse:



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A partir da leitura da obra supra-referida, responderam-se à seguintes questões: 


a)  Justificação do título
b)  Identificação da mensagem que o autor pretende veicular com a obra
c)  Identificação do obstáculo ao amor
d)  Identificação da atualidade da mensagem
e) Esquematização das ideias da obra (contando a história, destacando o obstáculo ao amor e as relações familiares, se relevantes)
f) Escolher uma imagem caracterizadora da obra, da sua mensagem

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a) A CASTRO é uma tragédia clássica portuguesa. 'Castro' é o apelido de Inês, o título indica-nos que esta peça de teatro tem por base a vida de Inês e a sua trágica morte.


b) O autor transmite-nos o seu ponto de vista, e podemos notar marcas de pessimismo, de amor e de morte. Ele e muitos outros vão reescrever a história de Inês e de Pedro, tendo muitas vezes Camões por modelo. Nesta sua versão, António Ferreira não nos mostra os antecedentes dessa tragédia, a história desenrola-se rapidamente porque na tragédia clássica considera-se belo o que passa mais rápido. A mensagem da obra é que o amor é sempre mais forte do que tudo, se atentarmos no comportamento de D. Pedro, que também nos recorda que não se pode confiar sempre nos outros, mesmo sendo eles da nossa família (o pai de D. Pedro teve um comportamento pouco digno de um ser humano e de um pai).

c)  A história desta peça centra-se na paixão de Pedro e Inês que estão apaixonados um pelo outro. Contudo, ao pai de D. Pedro, o rei de Portugal D. Afonso IV, este amor não agradava e por esse motivo vai dificultar a relação dos jovens. O obstáculo é pois a família, mais precisamente o pai de D. Pedro. 

d)  Hoje em dia, é raro encontrar, na cultura ocidental, uma família que obrigue o filho a casar com uma jovem de quem não goste. Por vezes os pais podem recusar uma relação por causa da religião ou por causa dos laços familiares... mas, nessas situações, os filhos procedem como D. Pedro, não aceitam a opinião dos progenitores e vão contra ela. Atendendo a que a peça e a situação evocada nos leva ao seio da família real portuguesa, e sabendo que na monarquia os casamentos sempre foram assuntos de estado, podemos dizer que esta “desobediência” dos herdeiros ao trono se tornou regra na medida em que, se tomarmos como exemplo as monarquias europeias atuais, apercebemo-nos que a grande maioria dos herdeiros casou por amor e não seguindo os interesses do seu país, sejam eles económicos ou outros. A desobediência deixou de existir e os jovens príncipes parece terem liberdade para escolher o futuro esposo. O que perdeu atualidade nesta história de Pedro e Inês foi talvez a reação violenta do pai.

e)


f) 
http://www.steotonio.pt/site/images/stories/noticias/2012/a_castro_b.jpg


    Esta imagem resume a história numa só imagem, porque como podemos ver temos do lado esquerdo uma mulher que representa Inês e o homem, do lado direito, que representa Pedro. Só vemos metade da cara de Inês o que deixa ver o seu esqueleto, talvez uma forma de representar a morte dela, o ter sido coroada rainha já estando morta. Podemos ainda ver que as caras dos dois personagens exprimem tristeza. Por trás dos dois personagens percebemos uma multidão de pessoas que podem representar o pov, o reino de Portugal. De salientar ainda no meio de Inês e Pedro uma pequena personagem que parece representar o rei D. Afonso IV, que foi quem impediu a concretização plena do amor do filho com Inês. 



AG + MDS + ER
 

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