Sobre a autoria da obra:
SC + RDC
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A partir da visualização da obra supra-referida, responderam-se à seguintes questões:
a) O título faz simplesmente, referência às duas personagens principais que formam o par amoroso desta trágica história.
b) Talvez este mito de Tristão e Isolda tenha como objetivo primordial evocar os perigos do amor paixão e os seus efeitos destruidores. Com efeito, apaixonados, Tristão e Isolda esquecem os seus deveres, transgridem leis humanas e religiosas o que os conduz à morte.
Tristão e Isolda é uma história lendária, de origem medieval, que conheceu várias versões
ao longo dos séculos.
Nasceu
certamente com as lendas que circulavam entre os povos celtas do noroeste da
Europa e pensa-se que ganhou uma forma mais ou menos definitiva a partir do
século XII, século em que o texto teria sido escrito, em versos, em língua
vulgar (e não em latim) na corte de Inglaterra. No século XIII, a história foi integrada
no Ciclo arturiano, Tristão transformando-se num dos cavaleiros da Távola Redonda
da corte do rei Artur.
Do
século XII datam dois dos mais velhos e mais importantes manuscritos encontrados,
o de Béroul e o de Tomás de Londres. Um e outro são mais ou menos da mesma
época, entre 1170 e 1175, mas quase nada se sabe destes dois autores. Estes
dois manuscritos, poemas escritos em octossílabos, em inglês-normando, estão
incompletos. O de Béroul, por exemplo, só apresenta 4484 versos que
correspondem aos episódios centrais da lenda, mas pensa-se que devia conter ao
todo 12 000 versos. Do texto de Tomás de Londres restam 3696 versos que
contam em particular a morte do herói. Porém conseguiu-se reconstituir toda a
história graças a outros pequenos fragmentos que foram encontrados. A versão
que lemos hoje é o resultado do trabalho de Joseph Bédier que, no século XIX,
conseguiu reunir estes vários elementos e que os traduziu em francês moderno,
mas conservando a maneira de contar dos trovadores da Idade Média.
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A partir da visualização da obra supra-referida, responderam-se à seguintes questões:
a) Justificação do título
b) Identificação da mensagem que o autor pretende
veicular com a obra
c) Identificação do obstáculo ao amor
d) Identificação da atualidade da mensagem
e) Esquematização
das ideias da obra (contando a história, destacando o obstáculo ao amor e as
relações familiares, se relevantes)
f) Escolher
uma imagem caracterizadora da obra, da sua mensagem
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a) O título faz simplesmente, referência às duas personagens principais que formam o par amoroso desta trágica história.
b) Talvez este mito de Tristão e Isolda tenha como objetivo primordial evocar os perigos do amor paixão e os seus efeitos destruidores. Com efeito, apaixonados, Tristão e Isolda esquecem os seus deveres, transgridem leis humanas e religiosas o que os conduz à morte.
De uma maneira mais positiva, esta história
mostra também que o amor é mais forte que tudo até que a própria morte: no final da
obra, Tristão e Isolda são enterrados lado a lado ; das sepulturas nascem
duas árvores que crescem entrelaçadas, símbolo da união dos dois amantes após a
morte ; nunca nada os poderá separar.
Porém, será que esta história tem verdadeiramente
uma « mensagem »? Será que o seu único objetivo não poderá
simplesmente ser o de contar uma grande
e trágica história de amor que fala ao coração e que comove o leitor?
c) O amor entre Tristão e Isolda aparece impossível
porque existem vários obstáculos : sociais, familiares, políticos,
religiosos…
Isolda é a princesa irlandesa com quem o rei
Marcos da Cornualha decidiu casar para pôr fim à guerra que opõe os dois povos.
Tristão é o sobrinho deste rei que considera como pai desde a morte dos seus
pais Tristão; é por causa dessa estreita relação entre o rei e Tristão que
este jovem é que é designado para ir buscar a princesa Isolda à Irlanda.
Durante a viagem de regresso à Grã-Bretanha, Tristão
e Isolda bebem acidentalmente uma poção de amor mágica, originalmente destinada
a Marcos e Isolda, acabando por se apaixonar. Esse amor vai crescer e
manter-se: ambos vão continuar a amar-se mesmo depois do casamento de Isolda
com o rei Marcos. Portanto:
-
- Tristão, amando Isolda, trai o seu rei e senhor e
não respeita o seu dever de vassalo (obstáculo social e político); trai também
o seu tio que é quase como seu pai (obstáculo familiar); põe em perigo a relação
de paz entre o povo de Cornualha e o povo da Irlanda (obstáculo político); depois
de casar com Isolda das Mãos brancas, princesa de Bretanha, Tristão continua a
amar Isolda: de uma certa maneira, trai a sua esposa, mostra-se infiel (obstáculo
social e religioso)
- - Isolda, amando Tristão, trai o seu marido; não
respeita o seu dever de esposa nem o seu dever de rainha (obstáculo social,
religioso e político); põe também em perigo a relação de paz entre o povo da
Cornualha e o da Irlanda (obstáculo político).
d) Depois de um longo período de pouco interesse, o mito de Tristão e Isolda
voltou a interessar o século XIX, época do romantismo fascinado pela Idade
Média e as suas lendas, como o mostra, por exemplo, a célebre ópera de Wagner Tristan und Isolde. No século XX, é
sobretudo o cinema que se volta para esta história. Esta permanência do mito
que sobreviveu ao passar dos séculos prova sem dúvida que esta história continua
a falar aos nossos contemporâneos.
O amor, a paixão, todos os riscos que estes sentimentos nos levam a tomar,
os obstáculos que eles nos conduzem a tentar ultrapassar são temas intemporais.
Desde da Idade Média, muitas coisas mudaram e certos obstáculos
caíram, como o obstáculo ligado à relação de vassalagem. A condição feminina
evoluiu, a mulher afirmando-se como igual ao homem, mas nem todas as sociedades
o aceitam ainda hoje… A influência da religião diminuiu, mas continua forte em
certos países, em certas famílias e ter uma relação amorosa enquanto estamos
casados continua a ser considerado como contrário à moral, o adultério continua
a ser mal visto.
f)
A nosso ver, este quadro representa e caracteriza bem esta obra.
Podemos imaginar, que as personagens sentadas neste luxuoso ambiente são a
loira Isolda e o belo Tristão. Ele parece estar a falar dos seus sentimentos; a
harpa evoca a poesia, os trovadores que contavam as suas histórias acompanhados
de instrumentos de música; a rapariga ouve, baixando ligeiramente a cabeça, tímida,
mas feliz. Os dois parecem apaixonados, esquecidos do que está à volta deles…
Num segundo plano, um homem, com uma coroa, espreita-os; a mão no queixo,
parece pensar no que os dois jovens poderão estar a dizer, ou a fazer… É fácil
imaginar que se poderia tratar do rei Marco.
Nesta cena, estão representados o amor de Tristão e Isolda e, através da
personagem do rei, tio-pai e senhor de Tristão, marido de Isolda, todos os
obstáculos a este amor. Trata-se portanto de mostrar o amor impossível, os
perigos do amor-paixão…
Aqui é a morte de Tristão e Isolda que está representada,
ou ainda a união dos amantes apesar da morte.
SC + RDC
SC + RDC
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